POBRE DE TI, NORMANDO BLOSSON...
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Normando Blosson...
Cortando caminho...
tentando cortar conversas fiadas
paradoxando a si mesmo
já que, o que lhe faria feliz
é não estar mais sozinho
"Quem vai, quem foi
quem... nunca...
quem jamais... será?"
Normando Blosson não dá
topadas, não entorta a boca,
não comete grandes excessos,
ou pequenos delitos, não sobe nas mesas
não fica tonto, é sóbrio,
e é só… sempre só.
é sóbrio comendo
sempre vivo; saboreando
tudo sente, é sóbrio subindo
sempre vivo; pés doloridos
seus tênis brancos, pretos
marrons, vermelhos e azuis.
é sóbrio chorando
será vivo; morrendo…
é sóbrio acordando, e renasce
e será sempre sóbrio e desistente
apesar de muito vivo
e por sinal… resistente,
Sempre vivo; Normando...
"Quem vai, quem foi
quem... nunca...
quem jamais... será?"
O bebê aprende a chorar
Pois sabe da recompensa
Normando Blosson...
Assim como o crime
ao ladrão… A tristeza
não te compensa...
Não importa por “quem”
não importa “quem foi”
não importa se “nunca”
E nem se jamais... “serás”.