Por Onde Anda?
Cadê aquele moço da língua afiada
Que perdia a compostura e o amigo
Porém não perdia tão hilária piada
Não via em ironizar nenhum perigo?
Por onde anda irreverente palhaço
Que arrancava de todos gargalhadas
Que não usava régua ou compasso
Que medisse as palavras das piadas?
Cadê aquele moço da cara de pau
Que a qualquer hora fazia gracejos
Excedia, porém não fazia por mal
De seriedade apresentava lampejos?
Por onde andará o moço falante
Que hoje se apresenta quase mudo
Ar um tanto quanto importante
Sempre compenetrado e tão sisudo?