alma cristalina d'um poeta!
Te falei que tens a alma cristalina d'um poeta
Transforme dores e risos em poesia
Faça da tua alma, tua letra,
Da trajetória, a espinha do teu verbo
Da tua escrita, a liberdade
Do teu eu o teu verso.
Não se apegue a miudezas geniais
Nem a permanente insatisfação com as coisas inexistentes
Entrelace-se com a ironia
Permita-se a tensão
Delicie-se nas tramas da ficção
Sustente o outro lado
Para que pensamentos velhos e novos
Sejam apenas as duas vertentes
De coisas simples num lugar-comum!
Permei-se com a imaginação.
Deixe que as horas podres
Seja apenas a intemediária
Do paraíso numa toada sem fim!
E ao dormir teu corpo,
Navegue tua mente num descanso solto, leve e prazeroso
Num breve abraço nas madrugadas insones!
Pois tu tens a alma cristalina d'um poeta!
(A um amigo - se assim me permite chamá-lo - das madrugadas insones, do mundo real distante, sempre presente nesse mundo virtual cada vez mais real.... )