Prometeus

Se tu vais devagar
Quando amanhece bruscamente
Meu peito quente ainda
Conhece a saudade dos teus.
Quando a tua boca não me diz nada
Palavras que ninguém sabe
Orientam-me sem se ouvir.
Em meio a saudade e um copo d'água
Um banho frio na manhã nascente
Preparo-me já para noite:
Um catre
Uma cama macia
Ou um ventre
E eu nasço a fazer poesia
Eu faço preces esperando a noite
Tomo Erva-doce,
Camomila
Ajusto o relógio, águo as flores
e espero novamente
Tudo outra vez