MULHER VALENTE
Nunca te imaginei tola,
Muito menos dependente.
Nunca te imaginei frágil,
Muito menos indigente.
Sempre te quis altiva,
Corajosa, decidida e,
Por que não,
“Caliente”
Sempre te desejei temente,
Curiosa, versátil e,
Por que não,
Descrente.
Duvido ainda,
Depois de tanto tempo,
Se serei capaz,
De te manter frágil,
Altiva, “caliente”, descrente.
Mas,
Depois de tanto tempo,
Me pergunto e me decido:
Sou a resposta,
Para a mulher que eu queria ter.
Ela e eu,
Somos iguais,
Não mudamos jamais,
Apesar dos perigos que,
Nem ela,
Nem eu,
Admitimos acontecer,
Mas,
Que acontecem,
Independentes de nós.
Assim,
Vamos nós.
Até quando?
Não se sabe.
Rui Azevedo – 10.10.2007