Cântico fraternal

Edson Gonçalves Ferreira

Quando escrevi o primeiro livro,

Não sabia da generosidade de Amado, o Jorge

Não sabia da ternura de Picchia, Menotti

Não sabia da doçura de Lisboa, Henriqueta

Enfim, não sabia quanto a poesia fraterniza

Só mais tarde, quando me deparei com Queirós, Rachel

Em Brasília, descobri

Mesmo que as palavras nos tornem quase imortais,

Deixam-nos mais amigáveis e mais perto da humanidade

Com Adélia, Roberto Drummond, Osvaldo França entendi

A vida é uma canção laboriosa

O poeta tem que ter uma formiga e uma cigarra quando transpira

Os versos do poeta não são do poeta

Ganham universalidade

E nem o poeta é do poeta, mas é cidadão do mundo

Habitante amoroso de cada um que comunga com ele

Seja concordando ou discordando

Mas amando a Poesia

Porque sem poesia não dá para respirar

Não dá para eu ser gente

Não dá para eu me sentir Edson.

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 09/10/2007
Código do texto: T687784
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