CAMINHANTE

Ando por caminhos
que eu mesmo não conheço.
Pé ante pé, vagaroso,
eu vou e volto - repouso,
tenho medo dos tropeços
que possam levar-me ao chão,
pois é falho o equilíbrio,
que me mantém o que sou,
sem nunca antes ter sido.
Ainda assim eu prossigo,
sem rumo, sem direção.

Poderá alguém aí,
por favor me dar a mão?

                .  .  .


 Paulo Miranda
Sem rumo, sem direção
é como te ver me apraz
pois eu também, perdidão
de ti, sempre irei atrás...