A MORTE DE GARCIA LORCA
(No centenário do seu nascimento)
Empieza el llanto
de la guitarra.
Es inútil callarla.
Es imposible
callarla.
(F. García Lorca - Poema del Cante Jondo)
Trinta e oito eram os anos
dos teus olhos quando
o vento parou
no planalto andaluz.
Pelas ruas de Granada
as guitarras tocaram a rebate.
Vieram pela calada
arrancar do teu peito
o sangue dos ciganos,
fogo a crepitar
sobre a borrasca negra
em campo de baionetas.
Os ecos demoliram o silêncio
na noite de chumbo.
E a tua voz, entretanto,
continua a pendurar
as estrelas nos ramos,
em rituais de fogo,
até de madrugada.
Até que, de mansinho,
damos pelo Sol
a sapatear quimeras
no asfalto.
Ninguém jamais abafará
o pranto das guitarras.
(No centenário do seu nascimento)
Empieza el llanto
de la guitarra.
Es inútil callarla.
Es imposible
callarla.
(F. García Lorca - Poema del Cante Jondo)
Trinta e oito eram os anos
dos teus olhos quando
o vento parou
no planalto andaluz.
Pelas ruas de Granada
as guitarras tocaram a rebate.
Vieram pela calada
arrancar do teu peito
o sangue dos ciganos,
fogo a crepitar
sobre a borrasca negra
em campo de baionetas.
Os ecos demoliram o silêncio
na noite de chumbo.
E a tua voz, entretanto,
continua a pendurar
as estrelas nos ramos,
em rituais de fogo,
até de madrugada.
Até que, de mansinho,
damos pelo Sol
a sapatear quimeras
no asfalto.
Ninguém jamais abafará
o pranto das guitarras.