JUÍZO

Sinto-me prisioneiro de uma ilusão

E carcereiro dos meus sonhos...

Sou intenso algoz da inconsciência

E eterno vigilante de minha mente...

Sou do pensamento apenas discente,

Indisciplinado aluno do raciocínio,

Mas feroz coadjuvante das aventuras

E inflamado réu das doutrinas góticas...

Vejo-me utópico propagandista da dor

E idealizador de bacanais científicos,

Todavia anarquista dos ideais cotidianos...

Percebo-me enfermeiro do teor lírico,

Não obstante paciente da retórica mística,

Caricaturista infame do amor platônico!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 29/02/2020
Código do texto: T6877481
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