Na beira do mar

Fulguras solares que resplandecem a praia

E a vestal que se deleita almeja

Uma coroa de brilhantes que lampeja

E que signifique que ela é dona da Gaia

O discurso de Ruy em Haia

Não é mais belo que o som do ar

Que quando mistura com a onda, faz bailar

A fera flutuante, carniceira e dolente

Que flutua e navega somente

Nas profundezas do coração e do mar

Daquela água não se alimenta

Nem serve para ser usada nos lares

Ela só serve para os mares

E para manusear o barco na tormenta

Se muito dela for inalado pela venta

Vai ter que ir na UPA para se medicar

Chegando, não vai ter um cibasol, lá

E vai ter que rogar a Deus

Pois é ele que protege os plebeus

Que se aventuram na beira do mar

Cardoso de Figueiredo
Enviado por Cardoso de Figueiredo em 28/02/2020
Reeditado em 28/02/2020
Código do texto: T6876439
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