Na beira do mar
Fulguras solares que resplandecem a praia
E a vestal que se deleita almeja
Uma coroa de brilhantes que lampeja
E que signifique que ela é dona da Gaia
O discurso de Ruy em Haia
Não é mais belo que o som do ar
Que quando mistura com a onda, faz bailar
A fera flutuante, carniceira e dolente
Que flutua e navega somente
Nas profundezas do coração e do mar
Daquela água não se alimenta
Nem serve para ser usada nos lares
Ela só serve para os mares
E para manusear o barco na tormenta
Se muito dela for inalado pela venta
Vai ter que ir na UPA para se medicar
Chegando, não vai ter um cibasol, lá
E vai ter que rogar a Deus
Pois é ele que protege os plebeus
Que se aventuram na beira do mar