Andando de bicicleta

Quem anda de bicicleta no horizonte

Nunca desaprende...

Fica perto de todas as cores

Misturando-se com o arco-íris

Equilibra-se à borda do mundo

Como se em filme de fantasia

Pesca, deitado na lua

Num mar de peixes fecundo

Em um carnaval de alegorias

A linha deve ser a do equador

Onde se equilibra o ciclista

Consegue ver os dois hemisférios

E o leste, onde nasce o sol

Vértice, para alguns historiadores

Curva, para alguns geógrafos

Mas, para todos, andar no horizonte

É mais do que cruzar a ponte

É enxergar, no limite do mundo

As diferenças de diversos mundos

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 28/02/2020
Código do texto: T6876100
Classificação de conteúdo: seguro