Andando de bicicleta
Quem anda de bicicleta no horizonte
Nunca desaprende...
Fica perto de todas as cores
Misturando-se com o arco-íris
Equilibra-se à borda do mundo
Como se em filme de fantasia
Pesca, deitado na lua
Num mar de peixes fecundo
Em um carnaval de alegorias
A linha deve ser a do equador
Onde se equilibra o ciclista
Consegue ver os dois hemisférios
E o leste, onde nasce o sol
Vértice, para alguns historiadores
Curva, para alguns geógrafos
Mas, para todos, andar no horizonte
É mais do que cruzar a ponte
É enxergar, no limite do mundo
As diferenças de diversos mundos