IRMÃ CARIDADE
Entre vozes uníssonas
Que juntas recitam o credo,
Como quem diz um segredo,
Ajoelham-se penitentes,
Clamam por paz e justiça
Pra si e por toda a gente,
Nesta terra de degredos.
Só ela o diz, só ela o sabe,
A dor que lhe dói n’alma.
Saudades de muito longe,
De muito longe, saudades.
O peito em brasa
Acalma,
Descompassos no coração,
Que transbordam em aflição,
Só ela o diz, sabe e padece.
Ajoelha-se ao altar da Mãe Maria
Virgem e Santa, suas agonias e flores,
Suas angústias e suas dores,
A Santa Virgem oferece.
Benditos, terços, ladainhas
Ave Marias e preces,
Ao mundo ela renuncia.
Os passos miúdos tece.
A passos miúdos caminha
No velho mosteiro,
Verdade,
Em volta de véus e vestes,
Envolta em lástimas e lágrimas,
Saudades.
A passos largos caminha
Nos corredores da velha
Herdade.
Levando pão, levando flores,
Aos famintos da caridade.
Já não sente prantos e dores
E nem tampouco saudades,
Bendita sois,
Por vosso amor
Sóror Maria da Piedade.
Entre vozes uníssonas
Que juntas recitam o credo,
Como quem diz um segredo,
Ajoelham-se penitentes,
Clamam por paz e justiça
Pra si e por toda a gente,
Nesta terra de degredos.
Só ela o diz, só ela o sabe,
A dor que lhe dói n’alma.
Saudades de muito longe,
De muito longe, saudades.
O peito em brasa
Acalma,
Descompassos no coração,
Que transbordam em aflição,
Só ela o diz, sabe e padece.
Ajoelha-se ao altar da Mãe Maria
Virgem e Santa, suas agonias e flores,
Suas angústias e suas dores,
A Santa Virgem oferece.
Benditos, terços, ladainhas
Ave Marias e preces,
Ao mundo ela renuncia.
Os passos miúdos tece.
A passos miúdos caminha
No velho mosteiro,
Verdade,
Em volta de véus e vestes,
Envolta em lástimas e lágrimas,
Saudades.
A passos largos caminha
Nos corredores da velha
Herdade.
Levando pão, levando flores,
Aos famintos da caridade.
Já não sente prantos e dores
E nem tampouco saudades,
Bendita sois,
Por vosso amor
Sóror Maria da Piedade.