bordas
vou nesse mar de mim,
mais caldeira que festa,
percorro suas labaredas,
esqueço
ou não esqueço
suas janelas brancas, suas
bonecas alijadas de sangue e dor,
cacos de fantasias sem rumo,
pesam mil toneladas,
querem saber qual cor que encerra a vida
o mistério das tanajuras gritarem tão alto,
nesse mar não morrer é preciso, espreitar suas
falsas bordas feitas de pensamento, olha-los,
mas sem apaixonar ou acreditar que pode destruí-los
sabe-los como sabemos dos cavalos, das pedras,
que estão aos nossos olhos sem deles esperar um ataque,