AOS HOMENS QUE SANGRAM NOSSOS CORPOS FEMININOS

Mulher, criança, na poesia de um sonho, abafando seu grito
Calem-se vozes, e escutem seu lamento
É o destino não premeditado, das almas já cansadas
Dos corpos não respeitados, em sua virtude concebida.

Desesperemos, são nossos gritos acumulados pelos tempos
Vividos ao longo da historia, que nos atravessa
Como um punhal, que se corte a carne, ao seu destempero
Emudecendo nossos espiritos, relutantes por viver.

Levantemos nosso brado, por sobre o sangue que jorre
Que se valha a pena, a cada corpo mutilado
Rasgarmos a morte por conivencia, na mão de algozes derradeiros
Derrotá-los, destruí-los, e libertarmos nossas vidas encarceradas.
Shila Kalmi
Enviado por Shila Kalmi em 23/02/2020
Reeditado em 25/02/2020
Código do texto: T6872457
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