Guerra sem Fim
Da esquina da Brasil com a viela sem fim,
Uma guerra que à tempos crescia,
Parece não ter fim.
Chefe da milícia de um lado, do outro o chefe do tráfego,
E seus filhos em blindados, para não serem tocados.
Gritos e ofensas ecoavam na periferia,
Está guerra é pela banca e quem manda em movimentado ponto chamado Brasília.
Torneio de futebol? Bloco de carnaval? Se aglomeravam o povo de vida vazia,
Escolhiam um lado, e com dentes cerrados, todos loucos, chupando ovos, querendo logo é partir pra briga.
Carros de som apoiando ambos os lados,
Líderes subiam e inflamavam correligionários,
Despejando ofensas, há um bando de seguidores otários,
Ódio de raça, religião, gênero e etnia.
Não há limites que segurem essas duas bocas,
E não há filtro que impeça tanta baixaria.
O poder se alterna, em forma de eleição,
Ponto final na história? apenas interrogação,
Dessa vez quem ganha?
E o poder sem limites cairá nas mãos de quem?
Daquele que faz arminha ou do que um dedo não tem?