Guerra sem Fim

Da esquina da Brasil com a viela sem fim,

Uma guerra que à tempos crescia,

Parece não ter fim.

Chefe da milícia de um lado, do outro o chefe do tráfego,

E seus filhos em blindados, para não serem tocados.

Gritos e ofensas ecoavam na periferia,

Está guerra é pela banca e quem manda em movimentado ponto chamado Brasília.

Torneio de futebol? Bloco de carnaval? Se aglomeravam o povo de vida vazia,

Escolhiam um lado, e com dentes cerrados, todos loucos, chupando ovos, querendo logo é partir pra briga.

Carros de som apoiando ambos os lados,

Líderes subiam e inflamavam correligionários,

Despejando ofensas, há um bando de seguidores otários,

Ódio de raça, religião, gênero e etnia.

Não há limites que segurem essas duas bocas,

E não há filtro que impeça tanta baixaria.

O poder se alterna, em forma de eleição,

Ponto final na história? apenas interrogação,

Dessa vez quem ganha?

E o poder sem limites cairá nas mãos de quem?

Daquele que faz arminha ou do que um dedo não tem?

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 22/02/2020
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