A Vida (dueto com Erreve, mestre poeta querido )

A vida por vezes nos pesa:

-Nossa alma é prisioneira.

Propomos a Deus um acordo

De traçar nossa vida inteira.

Deus nos deu pai e mãe

Mas Ele fez nossa alma,

Assim somos amados

E nossa luz é a aura.

Podemos tecer todo o bem

Ou então fazermos o mal,

Prestaremos disso as contas:

É o que reserva o final.

Religião: norteio e rumo,

Todas cumprem sua função!

O que importa de fato:

Ajudar sem distinção!

Viver é sentir ao redor

A presença da natureza.

Acordar, respirar e pensar...

Saber da vida a grandeza.

Maria Ventania

E, decerto, algumas vezes

Alguém precisa nos acordar:

Tanta viagem pelo mundo real

Que não há tempo para sonhar.

Posto que, não haja maior delito,

Em suma, do que desistir dos sonhos,

Mesmo que calos tornem enfadonhos

A entressafra de um coração aflito.

Essa história, no quadro da vida,

Torna-se a aquarela mais bela,

Quando não se define a tinta –

Deixe o destino moldar a tela.

E, sendo, nesse vai e vem da lida,

Não se iluda na expectativa de outrem,

Porque, ate o final de tudo, regozije-se:

Sua aura, enfim, é o legado dessa vida.

Erreve

Agradeço a gentil e linda interação De Gislaine Ribeiro:

Nesta existência transitória

É em vão querer se apegar

Às coisas frágeis e efêmeras

Que o vento pode levar.

Ser fator de soma à vida

É não querer o bem só para si,

Pois só é realmente teu

O que não pode ser tirado de ti.

Aquilo que tens neste mundo

Na verdade pouco importa

Mas o que és em essência

Abre a ti a grande porta

Essa porta que te leva

Despido de toda vaidade

Adentrar vitorioso

Os prados da Eternidade.