delirio presente

a flores jogaram suas asas

no assoalho dos olhos, deu-se

que o rio tem próprio movimento,

andei por tantas terras, desertos

sem encanto e seus olhos sobre

minha alma me animava o percurso,

jurei forte por teu consolo, por

teu gesto bem bonito, assim o velho

se pôs no presente, um peso que consome

o instante mais eterno, beijo sua imagem,

teus pés de barro, teu engano florido

a tanto sofrimento, juro que faria

diferente, banharia tua fala com meu

ouro, com meu encanto, porem os filhos

tem seus destinos, aprenderia um instrumento

musical por aqueles momentos, onde teus

olhos eram bagos que nos escutavam,