Efeito do alfinete III

Escrever sobre esses sentimentalismos é estranho.

Como discorrer sobre uma noite com características vagas,

e que mesmo assim, não é nada além do planeta que volta

um dos seus lados ao oposto do sol.

Estranho falar sobre a lua.

Este pedaço de rocha iluminado pelo sol,

e que vira tanto adereço em poesia sem mais

expedientes criativos e interessantes.

E a vida.

Este estar andando sem rumo de um lado para o outro,

e que termina com o encerramento das atividades de

um organismo.

Ser cético não é virtude.

Mas o que fazer com tantos significados que no fim

são apenas nomes dados a objetos e ações

que desembocam numa imensa frustração?

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 09/10/2007
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