Efeito do alfinete III
Escrever sobre esses sentimentalismos é estranho.
Como discorrer sobre uma noite com características vagas,
e que mesmo assim, não é nada além do planeta que volta
um dos seus lados ao oposto do sol.
Estranho falar sobre a lua.
Este pedaço de rocha iluminado pelo sol,
e que vira tanto adereço em poesia sem mais
expedientes criativos e interessantes.
E a vida.
Este estar andando sem rumo de um lado para o outro,
e que termina com o encerramento das atividades de
um organismo.
Ser cético não é virtude.
Mas o que fazer com tantos significados que no fim
são apenas nomes dados a objetos e ações
que desembocam numa imensa frustração?