COR

A cor era o que era

E assim sem espera

A cor estava insegura

Inconstante e impura

Na insatisfação

A cor perdeu a razão.

Pintou de verde o céu

De amarelo um papel

Riscou de preto um anzol

E de azul fez um sol.

Sem tempo ou lamento

A cor era sofrimento.

Ouvia o que lhe falavam

E assim luzes pintavam

Perdeu seu tempo e noção

Criou tremenda confusão.

A cor sem culpa e sem cor

Não entendia seu valor.

Colheu um raio de lua

Perfeita por sobre a rua

Ligou seu longo traço

No meio de um espaço.

Encontrou a cor mais nobre

A cor perfeita que te cobre.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 20/02/2020
Código do texto: T6870756
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