Apenas...

Não guardo segredos,
não há porque guardá-los, depois que os revelo todos,
em meus poemas.

Não tenho medos.
Não há porque tê-los, se as palavras foram ditas,
digeridas, diluídas em dores grandes ou pequenas.

Não penso que alguém os queira, meus escritos.
São pequenos desabafos que coloco no papel,
sem nenhuma  pretensão, serena...

Não escrevo para escondê-los,
nem para guardá-los
Escrevo porque me escorrem por entre os dedos
e me fazem escrever, apenas! 

(Poesia "online" mote dia 09/10/2007)