Poesia em mim
Não sei se sou poeta,
Ou se mora um poeta em mim...
Só sei que as palavras, de repente,
Aparecem na minha frente
Se encaixam adequadamente,
Na minha mente,
E eis que um poema é parido,
Sem que dores eu tenha sentido...
Mentira! Às vezes sofro até demais...
Às vezes até choro rios,
E às vezes também sorrio,
Canto... assobio...
Ou fico parada,
Ouvindo a inspiração me ser soprada,
Suavemente, pela alma...
Ouvir uma canção ajuda a criação,
Cria o clima, dá o mote,
Ou, simplesmente, acalma...
Não sei se o processo pra todos é assim....
Não sei se sou louca ou poeta, enfim,
Mas garanto que há Poesia morando em mim...
Ouvindo FANATISMO - FAGNER E ZECA BALEIRO
(poesia de Florbela Espanca)
https://youtu.be/v0takAm37B
Do Baú: reeditando:
ESPIRROS POÉTICOS I
Sou dada a espirros poéticos,
Nem sempre brilhantes,
Às vezes patéticos...
Acontecem assim, repentinos...
Desafogos... desatinos,
Extensos ou pequeninos,
Mas é certo, não posso contê-los.
Chegam em rompantes
E devo escrevê-los.
Assim, lavo a alma, em catarse,
Desnudando o meu Eu delirante,
Retirando, enfim, meu disfarce.
21/09/2014