Recortes de uma alma ferida

Nos acordes do tempo

Me perdi ao relento

Das noites vazias

Que da minh'alma irradia

As agonias da vida

Que um dia gritou em alegria

Pela sua melodia.

Ao cercar da terra macia

Tua pele recordava

De cada pedaço de tala

Que meu coração usava.

Que belo sermão esse da vida

Que castiga e mastiga

As têmporas amigas da lata da cantiga.

Adeus tempo, adeus solidão

Que a cada instante me relembrava o sombrio barco da paixão.

Quanto tempo fica o instante partido

De uma alma ferida lançada ao pé da vida

Com certeza da comunhão?

Parabéns coração

Que bela estrela fizestes em meu coração.

Fernanda Duque - 13/02/2020

Eu sou o sopro que a alma levou.

Fernanda Duque
Enviado por Fernanda Duque em 17/02/2020
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