Flor dos mundos
Flor dos mundos
Morte que me olha luminosa...
E de morrer vai a erva do campo a flor mimosa.
Que na colina da vida morre insepulta.
Morrem em vão meus dias de labuta...
Morrem sem um poema escrever.
Moribundo e cego vai sem perceber.
Que solitário sem amor ao sol caminha ...
Num deserto salpicado de diamantes.
E ocultando o divino segue adiante.
Julgado sempre como quem não tá na linha.
Se a luz e o saber da estrela errante...
Me mostrasse essa flor sabedoria!
Talvez meus sentidos entendecem num instante
Toda essa abissal filosofia.
Francisco Cavalcante.