PAPEL..
Folhas de um caderno amigo
Parceiro que me dá prazer!
testemunha ocular
Da minha alma
o que tem pra dizer
as vezes alegre canta
Outras vezes ela chora
Quando fala de amor
satisfações ou revoltas
papel é tão compreensivo!
Se me agasto, o afasto
Atiro folhas à lixeira
Rasuro e até amasso
Mas me convida ás letras
E logo me recomponho
Parece que pede bis
volta a me fazer feliz
de novo tudo aceita
Não me faz nenhuma queixa
Engole meus versos e rimas
Me atura, não recrimina!
sempre me está disponível
nunca impõe hora marcada
acolhe sempre meu sentir
Em linhas mesmo mal traçadas!