DESPEDIDA
Quem me dera, quem me dera,
acreditar nas quimeras,
nas fantasias, nos sonhos,
que me povoaram a infância.
Crer no sonho, é esperança!
A esperança que eu tinha
era verde como a linha
que borda os canteiros da aurora.
Faz tempo já, foi-se embora,
foi rondar outra paisagem.
Deixou-me somente a imagem
que mansamente se apaga,
qual fumaça desgarrada
nas manhãs de claro dia.
Não mais encontro o que via.
Não mais encontro a imagem
da esperança vadia,
que riu de mim - zombaria,
e se foi
sem nem adeus.
Quem me dera, quem me dera,
acreditar nas quimeras,
nas fantasias, nos sonhos,
que me povoaram a infância.
Crer no sonho, é esperança!
A esperança que eu tinha
era verde como a linha
que borda os canteiros da aurora.
Faz tempo já, foi-se embora,
foi rondar outra paisagem.
Deixou-me somente a imagem
que mansamente se apaga,
qual fumaça desgarrada
nas manhãs de claro dia.
Não mais encontro o que via.
Não mais encontro a imagem
da esperança vadia,
que riu de mim - zombaria,
e se foi
sem nem adeus.