Teia

Vejo seus olhares farejarem
E as suas línguas tolas a julgarem.
Talvez seja de ópio a criatura
Talvez sejam vocês a sepultura.
Foge ao meu alcance a armadura
Porque nao desejo explicar-me.
Do meu silêncio aguardo só a cura
Do que pensei reter como verdade.
Não darei meus ouvidos à loucura
Nem razões a uma insana vaidade
Retiro-me sem louros de bravura
E quem quiser que engula sua parte!



Teias da solidão II Foto de JozeCavaco | Olhares - Fotografia Online

04.06.18
Teresa de Andrade
Solua
Enviado por Solua em 14/02/2020
Reeditado em 06/07/2020
Código do texto: T6866385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.