Dentro da selva de concreto
Sempre falo o que tu quer ouvir
Mas o que faço você também pode
Eu canto porque tá dentro de mim
Tem quem diga que nasci com sorte
É difícil acordar assim desconformado
E ver que ninguém quer ver aquilo que eu vejo
Tem repulsa e mesmo assim é alvo do Estado
Não que eu também não seja só que eu perdi o medo
Meu bem, fique calma
Eu me sinto em casa
Nessa natureza
Puririco minha alma
Com a pura beleza
A poesia e a estética
Sãos minhas profundezas
Me faz mergulhar
Guiando a correnteza
Como passarinho
Me sinto tão livre
Saio do meu ninho
Prestes a voar
Com minha visão
Eu vejo outros presos
Sinto piedade
E fico a chorar
Ah seu eu pudesse
Destruir gaiolas
Soltar outras aves
E juntos cantar !