DANINHAS
DANINHAS
Desperta antes do sino da igreja
Não quer que ninguém veja
A loucura que caminha
Entre sombras daninhas
De sementes crescidas
Em praças esquecidas
Volta após volta
Marcha com revolta
Do chão coalhado de detritos
Dos corpos infinitos
Largados ao chão
Não há coração
Agora toca o sino
Grande desatino
Os que caminham ao templo
Cegos das ruas são exemplo
Da hipocrisia das orações
Desprovidas de ações
Pedem ao deus
Que ajude aos seus
Esquecidos daqueles tão próximos
Nas ruas da amargura
E a pureza da lavagem d’alma
Os acalma
Da hipocrisia e da santidade
Em sua passividade
Tão desumana