Água...
A banhar-me
A escorrer lentamente
Entre os espaços vazios
Do meu ego inconsequente
A lavar-me...
Purificando a mente
Acalmando...
Dissolvendo conflitos
Percorrendo minhas entranhas
Desta água tenho sede insaciável
Sede incontrolável
E nela me deito e me deleito
A fim de descansar
Meu corpo já cansado
Ela vem transformar-me
Revelar-me verdades absolutas
Tirar-me de caminhos incertos
Em sua forma tão temperamental
Ora quente e abrasadora
Ora fria como iceberg
A forma da resiliência
Da conduta afligida
Do toque leve e penetrante
Do abraço...
Que me leva tudo
E com a mesma força
Trás de volta
É minha somente minha
Para eu fazer uso
Como bem quiser