Tão vazio que faz eco

Clamei por ela

Acolha me dessa dor

Segure minhas mãos

Não me deixe cair

Mas ela me encarou

E com o pé erguido

Me empurrou ao abismo

Afundei na escuridão

Envolvida pela solidão

De nunca de fato crer

De nunca de fato sentir

Meu ser é oco

Minha mente egoista

Eu nunca pude ser por outros

Porque nunca foram por mim

Lembro apenas da dor

da dor de seu olhar

a dor do sangue jorrando

Enquanto ela me olhava

Me rejeitando

Ela não me ama

Eu não sei se sei amar

Eu gritei seu nome

Seu título

Sua santidade

E tudo que ouvi

Foram os gritos de raiva

Decepção

Dor

Estou oca.

Ela me esvaziou.

Olinda
Enviado por Olinda em 12/02/2020
Código do texto: T6864841
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