Tão vazio que faz eco
Clamei por ela
Acolha me dessa dor
Segure minhas mãos
Não me deixe cair
Mas ela me encarou
E com o pé erguido
Me empurrou ao abismo
Afundei na escuridão
Envolvida pela solidão
De nunca de fato crer
De nunca de fato sentir
Meu ser é oco
Minha mente egoista
Eu nunca pude ser por outros
Porque nunca foram por mim
Lembro apenas da dor
da dor de seu olhar
a dor do sangue jorrando
Enquanto ela me olhava
Me rejeitando
Ela não me ama
Eu não sei se sei amar
Eu gritei seu nome
Seu título
Sua santidade
E tudo que ouvi
Foram os gritos de raiva
Decepção
Dor
Estou oca.
Ela me esvaziou.