NO SEU OLHAR
Ao olhar no seu olhar
no visor da minha tela
Entre Cheiros de Bromelhas
corrompi-me por inteiro
neste seu jeito brejeiro.
Sua morenice Jambo
Seu olhar negro da noite
sucumbi no seu cadafalso
de dengos e amores
sem malícias ou temores.
Estrela reluzente
Em que céus se escondeu
Nas fábulas de Julieta e Romeu?!
és minha ré sem testemunhas
quando matas minhas vontades
nas ranhuras das suas unhas
Ou nas minhas tempestades?!
Seus doces pomos embriagantes
meus mais doces arremedos
a escorrer por entre meus dedos
entre laços e abraços
no calor da minha fala
um gozo sobrenatural
não mais do que normal.
Embriagamos embriagados
sua seiva deslizante
meus lábios sobre seu cálice
sua concha desnuda
minha fala já muda
silencio...me calo
entremeios ardente...falo.
Enredo lúdico intrigante
nas moldadas curvas insinuantes
epílogo de narrativas e traços
inacabadas nos seus braços
deste poeta mutante.