Madrugada de Outono
Nas madrugadas de outono
O frio ardente invade o corpo
Com o coração congelado
E a pele pálida de um morto.
O vento que sopra a janela
Balança-me por fora o todo
Estremece por dentro a alma
Acalma e apaga o fogo.
Escondido em meus cobertores
O frio persistente entrelaça
Sorrateiro por debaixo ele passa
E toma-me como sua casa.
O vento que vem vai levando
Levando para longe o nada
E assim junto as folhas vou-me eu,
Voando pra outra casa.