Madrugada de Outono

Nas madrugadas de outono

O frio ardente invade o corpo

Com o coração congelado

E a pele pálida de um morto.

O vento que sopra a janela

Balança-me por fora o todo

Estremece por dentro a alma

Acalma e apaga o fogo.

Escondido em meus cobertores

O frio persistente entrelaça

Sorrateiro por debaixo ele passa

E toma-me como sua casa.

O vento que vem vai levando

Levando para longe o nada

E assim junto as folhas vou-me eu,

Voando pra outra casa.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 12/02/2020
Código do texto: T6864414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.