NO CLARO DO SOL
No instante do raio,
Abriu-se o céu
Era um rio entre penhascos.
A luz enviava recados,
Ordens de recolher,
Obedecer era juízo.
Após a chuva,
Peneirei estrelas
E as trouxe bem pertinho.
Colhi-as uma a uma,
Brilharam em meus dedos
Souvenir para a eternidade.
Reluzem ao meu lado,
Piscam chamando asas
Trago-as obedecendo.
Do turbilhão fica o silêncio
No claro do sol que raia
Espantando a chuvarada.
Dalva Molina Mansano
FEV. 2019