Ao som dos sinos
Brota o amor em certo rio
Gritando na boca aquele vazio
Onde o ar solfeja o mais ríspido navegar
De onde tenho a terra promíscua a me resguardar
Enfeites na mesa balançam o suor do tempo
De onde fui feito era, resplandeceu o firmamento
Me lapidam ao peito ,onde eu possa me encontrar
De onde me calo em um dilúvio frio
É onde reflito meu grande rio
Dentro do meu peito se instiga caquinhos de sol
O cheiro da raça me fez rosnar traças
Vestígios de instantes onde se reflete a luz do astro rei
Marte sabe dos segredos mais íntimos de vênus
Vênus se cobre de instinto falso para lhe enganar
As abóbôdas sussurram carne doce de rio
Os rouxinóis proliferam em vasos resistentes
A mais dura rocha
Pares de abelhas exalam outono
O criado tem um saber empírico
Até mais forte do que a madame
Cortejos dão asas a abutres
Mais o amanhã ainda é relva pura
Colheitas não apagam o dissabor da memória
Onde o ódio é explícito
O amor é a mais alta camada de elevação