IMPERATIVO

Cale a boca

e entre sem pudores

esqueça dos rumores

sinta-se à vontade

para espalhar a verdade

Não deixe

dizerem falsidades

há tantas vergonhas e inverdades

nesse antro de angústia e luxúria

Não finja ser covarde

já que os homens de bem, coitados!

além de serem raros

não passam de marionetes de alma pura

A nós, meu caro

fica o papel de transformar esse submundo

em um lugar de alegria e amor profundo

onde se espalhe o bem e a ternura

Goze

de tanto esforço e decência

de toda a resignação e insistência

dos filantropos e intelectuais

Cuspa

na cara de todos

deixe-os emocionar os frouxos

com suas propostas e guerras sociais

Pois este mundo de loucos

já tem homens de bem aos montes

que nada fazem pelos que se assumem errantes

Sempre, sempre, a mesma coisa:

reclamam dos cantos imundos

mas, o que fazem, além de mostrarem-se arrogantes?

Nada!

Mande-os ao inferno por mim

pois tenho muito o que fazer

na incubência de cuspir verdades!

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 08/10/2007
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