Emblemática de uma Asa Decepada

Borboletas decepadas voando em círculos

como os carrosséis de javalis empalhados

em uma viela sem luz nem algum palhaço

esvoaçantes as letras da mãe da lua solitária

que canta poesia etérea e rouba a voz da noite

guardada em garrafas jogadas a nau do oceano/

garrafas esvaziadas de sentimentos etílicos

largadas pelas sarjetas de uma rua vazia

onde nenhum transeunte transou suas ideias

mas, a banca de jornal ainda está fechada

para os amantes de romances baratos e velhos

empoeirados nas costelas de um Adão sem Eva.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 11/02/2020
Código do texto: T6863761
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