ETERNA

Habito nos vocábulos

dos meus versos

onde incansavelmente

rimo termos sem rima

vivo a arte e a sina

e seco lágrimas sem pranto

Como lacrar a vida e o amor

sem cantar todo dia?

Como vencer o tédio e o temor

sem ficar com a alma vazia?

Eis a razão

porque sonho tão alto

porque vivo em sobressalto

porque vôo sem asas...

No avesso dos versos escondo

o tesouro da minha contrariedade

o mistério da minha feminilidade

e o feitiço da minha eternidade...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 08/10/2007
Código do texto: T686346