Manuel
Quem tem amor/
Sabe dizer/
Aquele imenso negão/
Tinha um grande coração/
Na labuta se revestia de graxa/
Pra garantir aos patrões a satisfação/
Mas assim também tinha o seu ganha pão/
De sua calada alegria/
Causava maestria/
Quando bebia/
Adorava comilança nas noites de luar/
As praias… do antigo Outeiro, igarapés à Marudá/
Naquele tamanhão tímido, era um senhor bem comportado/
Sem exagero, as vezes, precisava do seu par uma orientação/
Pra arrumar a sua direção/
Amava justiça e adorava brincar/
Homenzarrão /
Conhecido como morcegão/
Chegou a tua hora/
Na noite que se assola/
Mas nós e tua senhora /
Não vamos deixar que a multidão/
Dos teus feitos altruístas se esqueçam/
Não sei de ondes vieste/
Mas rogo ao pai/
Que tenha o teu lugar a mesa/
Como tens em minhas preces com alteza/
Homenagem