Tinha que ser

Como eu a encontrei se buscava a liberdade?

Profundas raízes, forte tronco, grossos galhos

Para pássaros que vieram não sei de onde

De tão longe que se comunicam em dialetos

Que agem, para mim, de forma tão estranha

Como foi que eu a encontrei?

Nem as lendas urbanas se coadunam

Cantam proezas, que não sustentam a exaltação

Confusas se fazem para mim suas lógicas

Como nos encontramos

Se partimos de diferentes desencontros?

Velhos cachimbos, velhos chás e magia

Tudo convergindo para a interação

Os números, as músicas e os olhares

Falam da mesma forma, o mesmo idioma

Tomar suas mãos, e sentir o que eu sinto

Não explicam como eu a encontrei

Não busco esteios para dirimir dogmas

Se me sinto feliz... por ter encontrado

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 11/02/2020
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