A Escritora
Ser escritora é embaralhar palavras que para estranhos vão fazer todo sentido
É falar com o coração e abdicar da razão para registrar com a mão o que precisa ser ouvido
É discutir com a alma o que a mente desconhece
E aprender a escutar o silêncio de um olhar que padece
Pra moldar numa estrofe o que te acontece
É amor sem destino e ao mesmo tempo destinado a vários corações
É libertar uma fração do sentimento
emprestando melodia para outras cações
É gritar silenciosamente pra mudar opiniões
É fraguimentar um pedaço de si mesma em um milhão de versões
E se acaso não bastar
Eu te desafio a desvendar sonhos e traduzir amor
sem a pretensão de fazer rir ou fazer chorar, mas assassinar a dor do tédio
É causar a sensação de voar sem asas e enxergar na escuridão
lei-me e me conta se for capaz
mas lembra que minhas verdades nunca se apagam e depois da última página ainda tem mais