Ecos intermitentes
Olho a imensidão do horizonte,
nele a única lembrança que tenho.
É seu silêncio,
tão belo e incondicional.
Sua musica preferida,
é o som dos nossos corações,
batendo descompassados.
Descompasso que agride meu ouvido,
que no compasso com meus olhos,
sente a agonia do som intermitente.
Tento fazer dos seus olhos, o nosso.
Falo com meus olhos,
uma língua universal, falada por todos,
entendidas por poucos, dita por ninguém.
Meu silêncio,
é o silêncio de um amor que não passa.
O seu, a prisão que protege a nostalgia dos amantes,
amantes, que vivem, sem ouvir, sem enxergar.
Só sentem, o que podem suportar,
o silêncio que só o amor pode deixar.