E de repente essa vontade
de abandonar o salto e a maquiagem
e afundar os pés na areia fina
até diluir a densidade do sangue,
como se branca fosse a liberdade
em uma tela por pintar...
 
De repente, essa urgência
de lavar a promessa puída da alma
no sal intocado, no azul profundo...
 
De repente, esse desejo de ser
sem contorno sem eco nem passado,
e no beijo úmido da maresia, pôr a nu,
a pele explícita de uma sedutora paz...

 





DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 07/02/2020
Código do texto: T6860498
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