Ah o sonho martelado no tempo da terra que é pouca.
nesse ranger metálico que avança
acordo estremunhado das noites
sonho de criança perdida no natal
um pouca terra, uma esperança…
nos vagões desgovernado ócio
a vontade férrea, o escalar da madeira
um dia de semana, um dia de feira
a morte que espreita, um sócio…
e o sonho de terra que é pouca
uma ilha perdida no mar
as nuvens, os olhos a vê-las passar…
a esperança adormeceu
banhada em tons de prata…
pelos dourados da máquina que avança…
Alberto Cuddel
01/02/2020
20:54
In: Nova poesia de um poeta velho