APOTEOSE do CIO
Dance, a festa da miséria é de todos, dance,
o anjo desenha os destinos na caverna,
resta o abismo, mas quem disse
que o abismo é o fim?
Cavalos fogosos mordem
as portas dos bancos
suas fêmeas adoradas como deusas
pelos homenzinhos de terno
as pessoas são mesmo assim
Eu ligo a máquina e não sei no que vai dar
na verdade eu sou um rebelde da tecnologia
e sei que todo o poder vai acabar na lama
As almas dos que viveram de aparência
queimam feito vela em noite de tempestade
você quer uma carona?
As correntes da lua estão cravadas
na minha carne sou o escravo da noite
meu carro bateu no muro do inferno
e as estrelas mergulharam no sangue
estou imundo de mentiras e alienação
nada quero, apenas a apoteose do cio