>> O poeta contra o Dragão

Investes contra mim em fúria

Aperto firme, da espada, o cabo

Trinco os dentes, pulo e escapo

De tuas flamejantes chamas rubras

Abres tuas gigantes asas de couro

Crias um redemoinho de poeira

Atira em meus olhos terra e areia

Enquanto remete no céu seu voo

Desvio do golpe de tua cauda

Arremeto em corrida desvairada

Atravesso em teu peito minha espada

Forjada de diamantes e esmeraldas

Ouço teu grito de dor e agonia

Fujo rolando de suas dentadas

Defendo em meu escudo suas patadas

Para ver-te numa explosão de ira

Hei de te derrotar dragão maldito

Mesmo que eu morra na empreitada

Quero de volta minha Dulcinéia amada

Morra Dragão cujo nome é destino

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 06/02/2020
Reeditado em 22/02/2022
Código do texto: T6859527
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