>> O poeta contra o Dragão
Investes contra mim em fúria
Aperto firme, da espada, o cabo
Trinco os dentes, pulo e escapo
De tuas flamejantes chamas rubras
Abres tuas gigantes asas de couro
Crias um redemoinho de poeira
Atira em meus olhos terra e areia
Enquanto remete no céu seu voo
Desvio do golpe de tua cauda
Arremeto em corrida desvairada
Atravesso em teu peito minha espada
Forjada de diamantes e esmeraldas
Ouço teu grito de dor e agonia
Fujo rolando de suas dentadas
Defendo em meu escudo suas patadas
Para ver-te numa explosão de ira
Hei de te derrotar dragão maldito
Mesmo que eu morra na empreitada
Quero de volta minha Dulcinéia amada
Morra Dragão cujo nome é destino