Noite eterna

Por tantas vezes segurei meu pranto

Prendi as lágrimas em meus olhos

Transformei meu triste semblante

Com um sorriso vazio e sem sentido

Ocultei as sombras que existem em mim

As trevas que atormentam minha alma

A solidão em que meu espírito se encontra

E também as dores que rasgam meu peito

Já reprimi o meu ódio e meu rancor

Por medo de retribuições alheias

Deixei de lado todos meus lamentos

Em troca de uma paz ilusória

Talvez por isso, assim me encontro

Alheio a tudo, alheio a todos

Com esse desprezo pela existência

Aguardando minha noite eterna

Cláudio Borba
Enviado por Cláudio Borba em 06/02/2020
Reeditado em 21/10/2020
Código do texto: T6859499
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.