Largado na Alma

As. Vezes, quando nasce um poeta

Um anjo preguiçoso desce do lado

A caneta e o papel observam-no

E conversam sobre o que vai na alma

Do poeta largado nesse mundo.

La vai o poeta ,

Nascido brasileiro

Canhestro no mundo,

Sente-se um pateta

Temente, aventureiro

Não se chama Raimundo

Às vezes, quando nasce um poeta

Uma casa devolve à terra

A arte de trabalhar a palavra

Chorando ou cantando o verso

Daquilo que vai largado na alma

Tantas pernas

Tantas dores

Tantas terras

Muitas dores

Sete amores

Pernas, e cores.

Quando nasce um poeta, nem sempre

Deus manda um anjo protetor

Cuidar do futuro, arrumar sua vida.

Jogam dados o lápis e o papel,

Tomando aguardente num bar.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 05/02/2020
Reeditado em 24/08/2020
Código do texto: T6858592
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