Advertência
Não ouse olhar para trás
A ausência ainda reside ali
Volta e meia ela te encontra
Em suas noites de agonia
Faz-te escravo
E toma conta da sua alma
E não há saída fácil
Para lidar com ela
A menos que busque a razão
Da sua existência
Uma viagem coberta de sombras
Tropeços e despenhadeiros
Então...
Não ouse olhar para trás
Seus olhos já convocaram a ousadia
E nessa brusca vida
Em busca de alegria
Você não vagueia mais perdido
Perambulando pelas calçadas
Onde a ausência te visita
Obriga-te e te castiga
Não ouse olhar para trás
Você não precisa se lembrar
Das suas vidas passadas
Que em desespero
Quase entrou em falência
Caro amigo nestas ultimas palavras
Tudo há de passar
E não mais mendigo há de ser
Dessa autoritária ausência
Por isso logo digo
Não ouse olhar para trás
Ela está a te chamar
Bem logo ali