Esperança desse medo de ficar
deitou-se no horizonte o medo
asas da alma que te elevam
sem que partas a lugar algum
bosques de silêncio onde te fitam os olhos
ribeiros mansos que correm
por ente avencas que se agitam, uma sombra,
olha comigo o rio, de mão dada
olha, não digas nada, espera a foz, esse desaguar
essa vontade de ser, de estar…
nas escaleiras solitárias
essa esperança,
esse medo de ficar,
o ir, o chegar…
o não for e o não estar…
e o existir ali, mesmo ali, na tua mão
de mão dada, olhando o rio…
27/01/2020
03:23
In: Nova poesia de um poeta velho