CONTRA-DITA

Passo,

Se me impõe a contra-dita,

Declarando minha suspeição.

Por acaso sou calado,

Mas aceito o coração.

Uma noite tua mão me abala

minha razão te perde perdão.

Do teu sangue ,

Apenas o que me impede entrar,

Que tua boca não se cale,

Porque dos meus olhos, vesgos,

Deturpo minha imagem.

então que seja sempre,

Teu corpo e tua alma,

Minha sina.

Teu tempo é uma eternidade

Faço o que posso

Além de piscar irreverentemente,

Além, é claro, do remorso.

Como entender um poema de amor,

De quem ama sem saber o que amar?

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 17/03/2005
Código do texto: T6857